Pedro Pereira da Silva, Pedro Oliveira¸ ou Cego Oliveira, também é natural do Crato. Cego de nascença, ele adquiriu sua primeira rabeca em 1928. Seu irmão lia os “rumances”, que ele ia guardando na memória, cuja quantidade varia de acordo com as diferentes fontes, mas estima-se que sejam dezenas. Além dos romances, Oliveira tinha repertório variado de cantigas, benditos, incelenças, reinterpretando também sucessos como "Juazeiro", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Também tocou nos mais diversificados ritos de passagem: casamentos, batizados, aniversários, funerais (Oliveira, 1992).

Duas faixas da trilha de "Nordeste - Cordel, Repente, Canção" (1975), do filme homônimo, dirigido por Tânia Quaresma, são interpretadas por Oliveira: "O verdadeiro romance de João de Calais" e "Nas portas dos cabarés".

A seguir, um link para escutar o álbum completo:
Dois curtas-metragens, lançados em 1998, foram produzidos sobre o rabequeiro: "Pedro Oliveira: o cego que viu o mar", de Rosemberg Cariry e "Cego Oliveira no sertão do seu olhar", de Lucila Meirelles:
O cantador também aparece em diversos outros filmes: "Jornal do Sertão", de Geraldo Sardo (1970); "Cobra Verde", do cineasta alemão Werner Herzog (1987); "Os romeiros do Padre Cícero", de Eduardo Coutinho (1994), onde aparece ao lado do filho, Zé Oliveira; "O homem que engarrafava nuvens", dirigido por Lírio Ferreira (2009);
Cego Oliveira teve dois álbuns lançados pela Cariri Discos: o vinil duplo, "Cego Oliveira: rabeca e cantoria" (1992) e "Cego Oliveira: Memória viva do povo cearense", vol. 2 (1999):